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Como esta FOLHA apurou, o leilão - com R$ 4,4 milhões de lance inicial - ocorrerá às 15h. A agência deve mudar-se para o bairro Guarapiranga
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‘Parte do meu amadurecimento mental aconteceu nesta quarentena.’

Esta FOLHA convidou a Escola Nossa Senhora Auxiliadora/Ensa – parceira deste Jornal mesmo durante a pandemia – para contribuir com reflexões sobre o longo isolamento social e a retomada das aulas presenciais. O espaço foi oferecido para dirigentes, professores, estudantes e seus pais. A seguir, o depoimento do estudante Mateus Loures, que cursa o 3o ano Ensino Médio na Ensa.

“Ainda me lembro no início de 2020, quando tudo corria bem. As notícias sobre o surgimento de um novo vírus já eram bastante comuns, é claro, mas nada que me preocupasse muito. Em março, recebemos, na sala de aula, o alerta de que teríamos duas semanas de recesso devido ao avanço da doença em alguns países asiáticos. Confesso que me senti feliz com o recesso. Parecia ser mais um tempo de descanso. Infelizmente, a cidade e a escola continuaram fechadas e vendo a data de retorno adiada cada vez mais.

Vi que teria que me adaptar rapidamente ao novo estilo de vida, com novas formas de assistir às aulas e de estudar, num tempo bastante complicado, pela obrigação de ficar em casa e de me adaptar à rotina como obrigação. Não havia escolha nem para onde e nem porque fugir.

Antes, eu acordava cedo para ir e voltar da escola, de bicicleta, e tinha uma série de outras ações que eram parte quase religiosa do meu dia a dia. Sem elas, hábitos que eu conquistei pareciam impossíveis e eu me senti bastante desgastado.

Com a passagem do tempo, fui me acostumando e percebendo que, mesmo com todos os pontos ruins, como o tédio, o medo da contaminação, a distância de amigos e professores, entre outros, ainda existiam pontos positivos que eu aproveitei bastante no tempo extra em casa, fazendo as coisas de que eu gosto, estudando, lendo, desenhando e ouvindo música.

Boa parte do meu amadurecimento mental aconteceu durante a quarentena e, aos poucos, fui adquirindo hábitos bons, como a prática de exercícios físicos e uma alimentação bem mais saudável.

É interessante pensar que, mesmo em momentos difíceis, a gente descobre como seguir em frente. Assim como muita gente, perdi vários membros da minha família para a doença e sofri com as mudanças no estilo de vida. Acima de tudo, consegui me adaptar e aprender muitas coisas. Sem dúvida, a pandemia me mudou muito, e para melhor.

Nas atribulações há sempre conhecimento para se adquirir, crença para renovar, sentimento para experimentar. A luta é grande e nunca devemos perder a fé e a esperança, porque, no final das contas, o prazer de viver constantemente buscando por algo maior e melhor é aquilo que faz do mundo um lugar tão bom, vivo e colorido!”

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